Quanto mais popular o aplicativo, maiores serão as chances de vermos usuários e até empresas de má fé tirando proveito disso. Nesta semana, montei uma lista com os principais golpes envolvendo o WhatsApp e algumas dicas de como evitar cair neste tipo de enrascada.


Todas as informações reunidas abaixo foram disponibilizadas por empresas especializadas em proteção e segurança cibernética, tais como a ESET, a Kaspersky Lab e a PSafe.

Golpe no WhatsApp: videochamadas

Quando as videochamadas ainda estavam apenas disponíveis para a versão beta do WhatsApp, mensagens instantâneas prometendo o recurso para usuários fora do programa de testes do mensageiro começaram a pipocar nos chats.
Depois, com a liberação oficial das videochamadas para as plataformas Android, iPhone e Windows Phone, uma série de golpes surgiram aproveitando-se da novidade.
O problema é que um número muito grande de vítimas foi registrado e, inclusive, imagens de sites como o AndroidPIT eAndroidPolice passaram a ser usadas para ilustrar a primeira página de sites que propagam este tipo de golpe, como você pode ver abaixo:
Este tipo de campanha, conhecida como fraude online, apesar de oferece menor risco às vítimas (do que as campanhas que propagam malware), também podem acarretar em roubo de dados. Infelizmente, o WhatsApp não é o único app usado para tal fraude, mas como possui um grande número de usuários, as chances de ocorrerem são muito grandes. No site da ESET é possível ver que só no Brasil, mais de 10 mil usuários caíram neste golpe.
Lembre-se, você só pode atualizar o aplicativo a partir da Google Play Store e no seu smartphone. Isso ocorre de forma manual ou automática, depende das configurações da loja no seu aparelho. Você também pode tentar fazer isso através do download do APK do aplicativo, mas tenha certeza de que confia na fonte que disponibilizou o APK.
Logo, não clique em mensagens que ofereçam a opção de videochamadas no WhatsApp se você precisar passá-la antes para 5 ou 10 amigos. Os aplicativos da plataforma Android não enviam correntes para os usuários. 

Golpe no WhatsApp: espionar conversas

O ataque do WhatsEspião finge oferecer uma funcionalidade inédita para os usuários do mensageiro: espiar com quem seus contatos estão conversando no WhatsApp naquele instante e o que estão falando. Parece ingenuidade, mas até o momento, mais de 100 mil usuários já foram afetados e acessaram o link malicioso.
Para ativar o recurso, assim como acontece com a grande maioria de golpes no WhatsApp que você verá neste artigo, o falso comunicado induz o usuário a compartilhar o link com dez amigos ou grupos para depois fazer o download do app com a função “WhatsEspião”.


Lembre-se que se você se cadastrar em serviços de SMS pago, corre o risco de ter seus dados expostos ou roubados.

Golpe no WhatsApp: versão Premium é malware

Com a promessa de colocar você no mesmo patamar das celebridades que podem fazer videochamadas e enviar 100 imagens ao mesmo tempo, o falso serviço Premium do WhatsApp é um malware que pode infectar o seu smartphone, oferecendo acesso aos seus dados a terceiros, como o seu comportamento na web, por exemplo.
O golpe do WhatsApp Gold foi visto pela primeira vez em 2014, quando a mensagem que prometia mais funções ao se cadastrar em uma suposta versão Premium do mensageiro já fazia vítimas.