Foi-se o tempo em que aguardávamos ansiosamente os eventos de tecnologia, em especial aqueles que acontecem em setembro, na ensolarada Califórnia (EUA), e que tem a Apple como anfitriã. Grande parte dos rumores foram confirmados no evento dessa terça-feira (12) e, muito embora a ausência de surpresas soe como pouca inovação, a Apple ainda é um bastião so setor e por isso tudo que eles lançam, seja novidade ou não, repercute. Quem está acostumado com o universo Android talvez não se impressione com as evoluções de hardware e de software, mas alguma pulga eles sempre colocam na nossa orelha, não é mesmo? Nem que seja de um reconhecimento facial melhor do que aqueles que encontramos no mercado.
Neste ano, por exemplo, a Apple levou seus convidados para dentro do seu novo campus, chamado Apple Park, no recém inaugurado Teatro Steve Jobs e apresentou um iPhone X em comemoração aos 10 anos do smartphone que transformou toda uma categoria. Mais do que os produtos anunciados, o que me impressiona mesmo é como o isolamento da Apple ainda traz muitos frutos para a empresa.
Se todos os recursos do iOS 11 parecem inspirados descaradamente no Android, que outra empresa pode se gabar de ter tantas lojas próprias da marca espalhadas pelo mundo? Se todos as novidades do Apple Watch Series 3 e do Watch OS 4 parecem roubados dos Gears da Samsung, do Tizen e (de novo) do Android, qual delas pode se gabar de ter o relógio mais vendido do mundo, à frente de marcas como Rolex, por exemplo? E o que dizer da Apple TV, que agora tem uma versão 4K é a mais famosa set-top box?
Apple ainda é Apple, a única empresa capaz de transformar uma loja de marca em um centro de treinamento para pequenas empresas e professores, em um espaço de convivência para que aquela fila de espera da troca de tela nem pareça uma fila de espera, capaz de criar vagas com nomes como "gênio" e agora também "criativo".

Novos iPhones
Se nos novos iPhones, iPhone 8 e iPhone 8 Plus, a Apple fez o que se esperava, trazendo a câmera dupla no iPhone 8 Plus, mantendo as telas em tamanhos mais certeiros, sem seguir a tendência da indústria por phablets (iPhone 8 com 4,7 polegadas e iPhone 8 Plus com 5,5 polegadas,) com o iPhone X, que vai custar US$ 1 mil, a Apple mostrou que ainda está no jogo. E que luta bravamente contra todo um ecossistema que vai muito bem obrigada graças a parcerias entre desenvolvedores e fabricantes, empresas como Google e Samsung.
Câmeras duplas, reconhecimento facial, tela infinita até a borda, corpo de vidro e metal, tela OLED, Dolby Vision e HDR10, botão home na tela e não físico... tudo já foi visto nos concorrentes que rodam Android, menos num iPhone. E isso significa porque quando a Apple incorpora essas tecnologias em seus produtos é ou porque elas amadureceram e se tornaram parte do padrão de um smartphone topo de linha (IP68) ou porque eles foram lá e melhoraram a inovação dos concorrentes - carregamento sem fio para vários dispositivos, o AirPower, é um bom exemplo.
É um acessório? Sim, mas o melhor da categoria. (Infelizmente, não podemos dizer o mesmo dos Air Pods, rs).

E, bem, isso é tudo que interessa para o consumidor final: um produto que funcione. Quase ninguém aqui gosta de comprar protótipos, não é mesmo? Talvez não faça tanta diferença para quem acompanha de perto o mercado como um todo, mas para quem vive isolado no ecossistema da Apple e troca de iPhone há anos, isso é suficiente para querer o próximo.
Apple não é mais sinônimo de inovação, mas quem de fato se importa se ano após ano as vendas são superadas porque Apple ainda é a marca? Vai ser preciso mais do que inovação em software e hardware para roubar a posição da Apple. E, ei, o iPhone agora vem com ANIMOJI!
E você, concorda?
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